Em viagem pelo Oriente Médio, presidente participará de eventos empresariais, além de comparecer à Expo 2020
No único compromisso oficial do dia, ele teve uma reunião bilateral com o emir de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, no pavilhão reservado às autoridades na Expo 2020. Autoridade máxima do emirado desde 2006, ele é considerado um dos homens mais ricos do país e já esteve envolvido em diversas controvérsias.
A principal delas foi a acusação de ter sequestrado duas de suas filhas, as princesas Shamfa e Latifa, impedindo-as de deixar o país, além de ter ameaçado a mãe delas, princesa Haya, uma de suas ex-mulheres.
As princesas denunciaram o suposto sequestro à emissora britânica BBC, que divulgou as acusações em um de seus principais programas jornalísticos. Elas também processaram o pai numa corte britânica, que condenou o emir pelo sequestro e por ameaças.
Bolsonaro afirmou que a conversa com o emir, que durou cerca de 20 minutos, foi uma visita de cortesia. “Foi uma troca de impressões, de ideias, de coisas simples”, disse o presidente. Segundo ele, ambos conversaram sobre acordos de cooperação nas áreas de educação, agricultura, ciência e tecnologia e temas militares.
O presidente chegou a Dubai neste sábado para uma visita que incluirá também Bahrein e Catar. Ele está acompanhado de uma comitiva que inclui os ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Carlos França (Relações Exteriores), Gilson Machado (Turismo) e Augusto Heleno (Segurança Institucional).
Também participam da viagem dois de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), além do secretário de Cultura, Mário Frias.
Em Dubai, o presidente deverá participar de um evento da área de defesa e de um fórum de investimentos, além de comparecer ao pavilhão do Brasil na Expo 2020, que é realizada na cidade dos Emirados Árabes.
Neste sábado, após a visita ao emir, Bolsonaro e a comitiva foram jantar em uma pizzaria na cidade. “Eu só comi aí fora porque o Paulo Guedes pagou, senão eu pegava umas frutas aqui no hotel”, disse o presidente.
Ele está hospedado em um dos hotéis mais luxuosos da cidade, num quarto cuja diária é R$ 45 mil. “Mas para mim foi 0800 [grátis], tá ok?”, afirmou, dizendo que sua estadia foi paga pelo governo de Dubai.
Apesar disso, Bolsonaro voltou a dizer que ser presidente é um sacrifício. “É um saco, é uma merda aquela cadeira, só problema. Ali é um poder fantástico para o bem e para o mal, mas grande parte do meu tempo é tomado para a gente desarmar armadilhas contra a gente”, declarou.
Fonte: folha.uol.com.br
